José Ribamar Sabóia de Azevedo é natural de São Luiz, Maranhão.Fixou-se no Rio de Janeiro para estudar Medicina tendo se graduado em 1968 pela antiga Faculdade Nacional de Medicina, onde atingiu o cargo de Professor Adjunto IV após obter os títulos de Mestre e o Doutor em Cirurgia Geral, UFRJ. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, Fellow do American College of Surgeon e Fellow do International College of Surgeon.. É um dos mais conceituados cirurgiões brasileiros. Ao longo dos anos formou, em sua clínica privada, grande número de novos e competentes cirurgiões. 90% do seu tempo é destinado à cirurgia e ao estudo. Em seus raros momentos de lazer, aprofunda-se no conhecimento da arte e à música. Sua coleção inclui, entre desenhos, gravuras, pinturas, fotografias e esculturas os artistas: Aguilar, Amilcar de Castro, Anita Malfatti, Antônio Dias, Bruno Gioigio, Cícero Dias, Daniel Senise, Di Cavalcanti, Gonçalo Ivo, Katie van Scherpenberg, Maurino Araujo, Miró, Nelson Felix, Nelson Leirner, Newton Mesquita, Patrícia Gouveia, Picasso, Portinari, Salvador Dali e Vic Muniz. Ela divide os espaços de sua residência e do seu consultório com móveis do colonial brasileiro e ingleses do Arnaldo Danemberg e objetos de arte decô num interessante e belo diálogo entre os estilos.Nossa amizade vem de 1961, quando começamos o curso de Medicina, ao longo desse período eu fui testemunho do seu comportamento ilibado e de sua competência como médico e de sua enorme generosidade com os doentes, familiares, colegas e amigos.
Como se deu o seu interesse pela arte?
Tenho a sensação que “vocação” para um virtuoso já vem embutido no seu DNA ; um pianista, um pintor, um escultor, um cirurgião, um piloto, um compositor etc quando se tornam virtuosos nada fazem além de lapidarem o seu código genético para se identificarem com aquilo que trazem nas sua competências;é lógico ,que no meu caso,longe de me achar um previlegiado julgo-me uma pessoa sensível que gosta de conviver com o belo..
A sua coleção representa seu gosto pessoal ou há orientação de um curador?
A relação de quem possue uma obra é quase que afetiva;você gosta,adquire e com o tempo aumenta ou diminue a sua relação;se ,de alguma maneira você delega a terceiros a escolha daquilo que vae lhe acompanhar ,talvez pelo resto de sua vida com certeza esta relação não será harmoniosa e agradável; em outra palavras,prefiro eu mesmo escolher…uma ressalva importante o meu grande amigo Márcio Fonseca é sempre convocado para dar a sua avalizada opinião.
O que o leva a comprar uma obra?
A intuição e o amor a primeira vista;é lógico que o valor da artista tem que ser levado em conta,como o tipo de trabalho,a colocação nos meus ambientes e também do meu orçamento. Enfim, é um conjunto de fatores que se entrelaçam e me levam a adquirir um trabalho.
O que você pensa sobre o mercado de arte no Rio?
Acompanho que estão inaugurando uma série de galerias e acontecendo leilões de representação nacional no Rio assim como os acontecimentos esportivos previstos para a cidade contribuem para a melhoria do poder econômico e consequentemente para o aquecimento do mercado.
O preço da arte no Brasil é justo?
O preço de um trabalho obedece a fatores objetivos e subjetivos; no final quem dá o valor final é o mercado; tenho acompanhado alguns artistas com valorizações expressivas tais como: Jorge Guinle, Ianelli, Iberê Camargo, Amilcar de Castro etc A minha sensação é que o investimento em arte é sempre considerado pelo comprador.
Você prefere adquirir suas obras em leilões ou galerias?
Não tenho preferência; a oportunidade é que proporciona o momento de adquirir a obra.
Quais são os artistas que compoem sua lista para o futuro?
Ah, são tantos que compraria um local somente para colocá-los e saboreá-los; Ismael Nery( meu sonho de consumo), Beatriz Milhazes,Thomie Othake, Bandeira, Jorge Guinle, Ianelli, Iberê Camargo etc,etc,etc
Existe alguma obra que seja sua preferida?
Todas têm uma história de amor;lembro-me de cada detalhe de cada compra;tenho preocupação de não “ofender” nenhuma das que eu tenho; é como se fossem parte de mim e que interagem comigo proporcionando momentos agradáveis;apontá-las seria como se você estivesse fazendo uma distinção entre seus filhos; gosto de dizer que o amor é igual, o que difere são as afinidades.
Além de pinturas,esculturas e desenhos,você gosta de objetos arte deco, eles conseguem um dialogo com as obras modernas e contemporâneas?
O belo é atemporal; se é bonito, lhe agrada, lhe traz felicidades então as obras dialogam principalmente comigo; não tenho a menor preocupação de agregar épocas e estilos e sim o belo com o belo.
Videos estão em seus planos?
Por enquanto não…mas respeito muito o trabalho.
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